Centenas Protestam, Lamentam o Fechamento da Casa do Jongo [IMAGENS]

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Terça-feira passada, 9 de janeiro, centenas de pessoas se reuniram na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, para protestar contra o fechamento da Casa do Jongo da Serrinha. O centro cultural está localizado em Madureira, na Zona Norte, onde a favela da Serrinha tem nutrido e preservado as tradições de dança e percussão afro-brasileira de jongo há décadas. A Casa do Jongo hospedou aulas de percussão, canto, dança e esportes, além de exibições de filmes, apresentações e outros eventos culturais. Embora o próprio centro tenha apenas alguns anos de idade, o grupo Jongo da Serrinha foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2005 por dedicar 50 anos a preservar o jongo como importante patrimônio cultural.

O Jongo da Serrinha recebeu financiamento municipal desde 2000, e a administração anterior havia expandido esse apoio para financiar a Casa. Após o seu primeiro ano no cargo, o governo do bispo evangélico e agora Prefeito Crivella tem sido associado amplamente a impor seus valores religiosos através do financiamento e retirada de financiamento de expressões tradicionais de cultura, até mesmo do carnaval. Como parte deste movimento, a Prefeitura anunciou em outubro do ano passado que acabaria com o financiamento para o Jongo da Serrinha, e a Casa foi obrigada a fechar as portas indefinidamente no início deste mês.

O fotógrafo Ellis Rua capturou as cenas dos protestos de terça-feira para o RioOnWatch:

A Multidão

A multidão cerca uma mulher e um menino dançando jongo, uma dança tradicional do sudeste do Brasil, datada à época da escravidão, com influência do oeste da África.

Transfixado

Menino assiste de cima, do alto dos degraus do prédio da Prefeitura, na Praça Floriano (Cinelândia), no Centro do Rio de Janeiro.

Mulheres Guerreiras Icônicas

Maria de Lourdes Mendes, de 97 anos, o membro mais antigo do grupo, que inclui várias mulheres poderosas de mais de 90 anos, bate palmas enquanto percussionistas tocam durante o círculo do jongo.

Giros e Voltas

Uma mulher rodopia enquanto dança com seu parceiro.

Sem Idade

Crianças pequenas param para observar os dançarinos e músicos.

Poderosa

Flavia Sousa, atriz e fundadora da Associação Cultural Grupo Afrolaje, é entrevistada por uma repórter.

Ao Menos um Vislumbre

Uma menina fica perto da cintura de sua mãe enquanto a noite chega ao fim.

Representação

Uma mulher olha para o círculo de jongo.

Centenária

Maria de Lourdes Mendes, de 97 anos, o membro mais antigo do grupo, fala com uma equipe de câmeras.

Esperança

Um percussionista olha para o céu quando a noite chega ao fim.