Uma Nova Química

Um retrato de Andréia Coutinho, por Elis de Aquino, ambas participantes do curso de Jornalismo da ComCat e novas autoras do favela.info.

Ela canta em casamentos, adora surpreender os amigos com uma visita, gosta de fotografia, aventuras e de bater papo. Comunicativa e cheia de desenvoltura, assim pode ser resumida em poucas palavras Andreia Coutinho, uma jovem que aos 20 anos decidiu recomeçar a vida profissional através da ComCat.

Andréia Coutinho pode ser definida como uma nômade: mora em São Gonçalo nos fins de semana e durante a semana em Seropédica, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde estuda química industrial. Já morou em Santos, São Paulo, por um ano e no futuro quer mudar-se para o sul do país.

Uma garota sensível, romântica e que está num momento de transição muito importante. Em dúvida sobre o que seguir na vida profissional, Andréia comenta que após alguns semestres no curso de exatas não se sente realizada. “Fui conversar com um amigo e fiz alguns testes vocacionais”, conta ela. “Tudo apontou na direção da comunicação”.

Os pais de Andréia não gostaram muito de saber que ela pretende mudar de carreira, já que o diploma de química industrial promete salários bem mais atraentes que os da comunicação. “Mas prefiro ser feliz profissionalmente do que ter dinheiro e não sentir prazer no seu ofício”, diz ela.

Mesmo sem ter experiência com o jornalismo, a jovem diz estar animada com o curso da ComCat e afirma amar escrever. Uma prova disso é o “caderno da sabedoria”. Nesse pequeno espaço em branco, Andréia passa /para o papel tudo o que pensa, seus planos, angústias, histórias.

Ao contrário da maioria dos jovens de sua idade, Andréia não gosta de sair para baladas, não bebe, tampouco fuma. É uma pessoa fervorosa e conta que uma de suas maiores experiências e marco divisor na vida aconteceu em um congresso de jovens “Alpha & Omega” no último ano. “Lá eu descobri uma nova forma de viver o evangelismo, de uma maneira natural.”

Apesar de irradiar alegria, Andreia admite que nem sempre pôde sorrir. “Meus dentes não eram bonitos e eu tinha vergonha de rir”, confessa ela. Mas sua expressão mudou depois que passou a usar aparelho.

Outro acontecimento que lhe roubou o sorriso foi a separação de seus pais quando ela tinha apenas 11 anos. “Ainda hoje sou um pouco insegura por causa disso”, confessa. Mas tudo isso mudou com a reaproximação com o pai nos últimos anos. Andréia não esconde a admiração e a amizade que tem por ele. Sincera, deixa escapar a relação um pouco conflituosa com a mãe e a irmã, e diz ser uma pessoa impaciente e intolerante.

O que ela espera desse curso? Aprender mais sobre a comunicação, não apenas as técnicas, mas também desenvolver uma visão crítica e atenta do que ocorre na sua comunidade. “Além disso, quero descobrir se o jornalismo é mesmo o que quero para minha vida.”

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