Domingo à tarde, na Comunidade do Morro do Fogueteiro, moradores que faziam um churrasco de aniversário forma surpreendidos por policias da UPP que os mandaram desligar o som por estarem ouvindo Funk.
O que os policiais ainda não sabem, ou se recusam a saber, é que o Funk faz parte do DNA das comunidades. Além disto, o Funk já é reconhecido, por lei, como parte de nossa cultura. Não falo do Funk de apologias e palavras de baixo calão, mas sim do Funk puro, das raízes da comunidade.
Na comunidade do Morro do Fogueteiro, alguns policiais (acreditem não são todos), estão ferindo o direito à Liberdade de Expressão e Liberdade de Escolha destas pessoas.
Como os moradores, embasados por orientações da liderança comunitária local, se recusaram a trocar a música, estes policiais mal informados, iniciaram um tumulto com jovens que disseram que eles estavam querendo “calar” a comunidade e os levaram para delegacia onde os autuaram por Desacato a Autoridade e Desobediência. O pior foi a forma como uma policial feminina agiu com tais jovens, os acusando de tentar agredi-la fisicamente.
Após o incidente ocorreu a maior demonstração de intimidação já vista por esta comunidade; Mais de 20 carros de unidades pacificadoras (Andaraí, Macacos, Pavão Pavãozinho, Fallet, Fogueteiro, Coroa, entre outras) do Rio de Janeiro, chegaram ao local, e iniciaram um processo de revista entre todos os moradores participantes da festa, os colocando encostados na parede e realizando manobras agressiva com os veículos.
Me lembrou muito o tipo de intimidação sofrida por pessoas na época da Ditadura. Será que estamos sofrendo um retrocesso político?
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