Marcos Rodrigo, também conhecido como “Wark da Rocinha”, há dez anos, foi o primeiro artista de graffiti da favela. Nativo da Rocinha foi pioneiro no movimento de graffiti na maior favela do Brasil, o que atraiu atenção e apertos de mão de proeminentes líderes brasileiros, incluindo Lula da Silva, ex-presidente do Brasil. Wark também promove exposições frequentes na cidade e recebe centenas de reais por suas obras.
Há dois anos, o grafiteiro decidiu passar seus conhecimentos aos membros mais jovens de sua comunidade, de modo que ele fundou o Instituto Wark, uma escola os para jovens na Rocinha para aprenderem e praticarem a arte. Com seus alunos, Wark cria peças de graffiti públicos que mostram as conquistas da comunidade.
Seus alunos estão a caminho de se tornarem grafiteiros proeminentes também. Marcos Brunno Werneck, um dos alunos de Wark, mesmo antes do Wark Instituto ser criado, vem liderando suas próprias aulas de graffiti e até mesmo replicando o projeto para outras partes do Rio de Janeiro. Thayná Rodrigues, uma adição recente ao instituto, é uma pioneira do graffiti das mulheres na Rocinha. Com de 15 anos de idade, ela pretende acabar com o estereótipo de que graffiti é principalmente para os homens.
Os alunos do Instituto Wark não são os únicos que se beneficiam. Wark afirma que o instituto estimula a auto-confiança dos alunos, que ao desenvolverem seus próprios estilos começam a levar as suas iniciativas para comunidade. “É super interessante”, diz ele.
O ambiente animado que é gerado durante e após as obras criadas por Wark e sua equipe é notável. Os membros da comunidade, crianças e adultos, fazem uma pausa no relógio e vão para o Instituto Wark executar um grafitti, expressando o seu apreço pelo trabalho do Instituto de várias maneiras. E agora queo graffiti é legal no Rio e com o consentimento do proprietário do imóvel, até mesmo os policiais param para apreciar um pouco o espetáculo.
Por ser apenas uma única pessoa, Wark é mais prolífico do que seria de esperar. Sua assinatura é um grafitti de cara de palhaço branca e vermelha com expressivos olhos azuis, que podem ser encontrados em praticamente todas as ruas Rocina e em toda a Zona Sul do Rio de Janeiro. É praticamente o Mickey Mouse da área.
Ao falar sobre Wark com outros grafiteiros no Rio, uma fato vem à tona muitas vezes sobre o artista. Wark realmente não deixa a área da Rocinha. Ele pode ser um dos maiores artistas do Rio de graffiti, mas ele não se concentra em entrar na cena artística internacional como outros artistas grafiteiros bem conhecidos fazem. Wark é menos interessado em museus de arte e em conquistar o mundo e mais interessado em manter o graffiti ao nível das bases onde as mudanças começam e o graffiti é mais eficaz.
Quando me encontrei com Wark e seus alunos pela segunda vez, eles estavam prestes a executar uma campanha de promoção do graffiti “Rio+20 na Rocinha”. “Let’s Go”, dizia o artista em Inglês para os alunos, mostrando o que eles estão aprendendo nas aulas de inglês que eles estão tendo recentemente. Geralmente, porém, Wark é um homem humilde, cujo suas mais pungente declarações são lançadas por uma lata de spray.