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Início#MonitoramentoRemoção da Ocupação IBGE na Mangueira: ‘Vocês têm cinco minutos para sair’ [IMAGENS]

Remoção da Ocupação IBGE na Mangueira: ‘Vocês têm cinco minutos para sair’ [IMAGENS]

Por Émilie B. Guérette • 05/05/2018

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No dia 27 de abril, a Prefeitura do Rio fez uma ação de reintegração de posse do antigo prédio do IBGE na Rua Visconde de Niterói, na Mangueira. O prédio–abandonado pelo IBGE em 2002–estava ocupado por famílias sem teto. De acordo com O Globo, moradores da Ocupação IBGE afirmaram que havia cerca de 600 famílias morando no local, porém a prefeitura estima menos de 300. O Prefeito Marcelo Crivella anunciou a demolição do prédio para 13 de maio visando iniciar as obras de construção de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, destinado prioritariamente aos ex-ocupantes do local. O prazo previsto para a obra é de dezoito meses. No entanto, 210 famílias já cadastradas no programa estão recebendo aluguel social no valor de R$400 mensais. Estima-se que umas 30 pessoas ainda não receberam indenização da prefeitura, mas foram removidas mesmo assim. Alguns ex-ocupantes ficaram acampados durante vários dias na frente da ocupação com todos seus pertences, por não terem para onde ir.

Liana Paula Ribeira ficou mais de 48 horas acampada frente à antiga ocupação. Foto por Émilie B. Guérette

Liana Paula Ribeira ainda não conseguiu se cadastrar no programa. Ela ficou mais de 48 horas acampada frente à antiga ocupação. “A minha casa lá dentro era tudo o que eu tinha conseguido na vida. Agora voltei para a rua, como antes. Perdi muita coisa na remoção. Os guardas quebraram meu espelho e a minha televisão”.

Ocupação espontânea

A IBGE era uma ocupação “espontânea”, termo que se refere às ocupações não organizadas ou apoiadas por qualquer movimento social. A entrada no prédio foi realizada há mais de quinze anos por um grupo de sem-tetos da Mangueira. As condições de vida dos moradores na ocupação sempre foram precárias: não tinha água corrente nem saneamento básico, e a luz provinha de gatos feitos a partir dos postes de rua, com os fios elétricos expostos. Houve um incêndio em 2015, felizmente sem vítima fatal. As famílias viviam no meio de anos de lixo acumulado e da violência relacionada ao tráfico e às frequentes intervenções policiais. A maioria dos ocupantes eram trabalhadores informais (ambulantes e catadores de lixo).

A ocupação em 2016, antes da remoção. Foto por Émilie B. Guérette

Reações divididas

A ex-ocupante Jesuína Silva afirma sentir-se aliviada, já que ela estava esperando uma intervenção da prefeitura na ocupação há muitos anos, apesar de lamentar a dificuldade de encontrar um aluguel por R$400 mensais e de ter que dividir o novo apartamento com o filho para poder dar conta. Como a maioria dos desalojados, Jesuína se assustou com o prazo curtíssimo e a brutalidade que caracterizaram a reintegração de posse. O prefeito anunciou o projeto no dia 14 de abril, e já na madrugada do dia 27 os guardas municipais e a Polícia Militar, apoiados pelo Batalhão de Choque e o Batalhão de Ações com Cães, chegaram na ocupação para desalojar as pessoas. Os ocupantes achavam que teriam até amanhã, 7 de maio para se mudarem, e só foram avisados na véspera da remoção. Algumas pessoas receberam o cheque de aluguel social no dia mesmo da remoção, sendo obrigados a sair imediatamente sem ter para onde ir.

O bar da Márcia foi derrubado pela prefeitura, junto com outros barracos, na entrada da ocupação. Foto por Émilie B. Guérette

“Vocês têm cinco minutos para sair.”

A moradora Luciene Soares dos Santos relatou que assim que os policiais chegaram, foram anunciando que ela tinha cinco minutos para esvaziar a casa dela (quarto, sala e cozinha mobiliados) e sair de onde ela morava há cerca de três anos. O clima da remoção foi tenso e muitos tiveram que deixar alguns pertences para trás, sem tempo ou condições para levar tudo. No entanto, não houve relato de resistência ou confronto direto. Como muitos, Luciene não conseguiu encontrar um aluguel na Mangueira, devido às centenas de pessoas que tiveram que procurar casa ao mesmo tempo, sem aviso prévio. Ela encontrou um quitinete no Engenho de Dentro, onde mora seu irmão. Ela está fazendo a mudança aos poucos, levando um móvel de cada vez porque não tem condições de pagar um frete. Além do aluguel social, a prefeitura não ofereceu ajuda de custo para a mudança dos ocupantes.

“Mãe, a boca do dragão está comendo a IBGE!”, disse Thainá, 13 anos, ao ver os tratores iniciando a demolição dos prédios assim que os moradores saíram. Foto por Émilie B. Guérette

Um futuro melhor?

Subindo a ladeira íngreme que leva até o seu novo apartamento no alto do Morro da Mangueira, Luciene Alves conta como ela e o marido fizeram a mudança a pé, empurrando um carrinho de mão com todos os seus móveis. “E ainda fui trabalhar na lavanderia depois, tá? Não podia perder o meu dia de trabalho!” Luciene se diz feliz de ter encontrado uma casa no morro para sua família, apesar das obras urgentes a serem feitas para tornar o lugar viável. Chegando na nova casa, Luciene seca a poça d’água que se formou no chão da sala devido a um cano quebrado na parede. Com um sorriso que mistura o senso de humor e a resiliência tão característica dos ocupantes da IBGE, ela afirma: “Essa casa nova… boa boa mesmo não tá, viu? Mas dá pra levar!”

Veja slideshow do cotidiano da Ocupação IBGE antes da remoção abaixo ou no Flickr:

O cotidiano da Ocupação IBGE antes do despejo

Émilie B. Guérette, é cineasta e antropóloga canadense baseada no Rio de Janeiro. Ela dirigiu o longa metragem documentário O Outro Rio, inteiramente filmado na Ocupação IBGE na Mangueira durante as Olimpíadas de 2016. Junto com os colegas John Burdick e Rolf Malugo de Souza, faz parte da equipe da pesquisa etnográfica Luta Pela Moradia No Centro Da Cidade, que acompanha diversos projetos de moradia popular no Centro do Rio de Janeiro.

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