Este minidocumentário faz parte da série antirracista do RioOnWatch. Conheça o nosso projeto que trouxe conteúdos midiáticos semanais ao longo de 2021—Enraizando o Antirracismo nas Favelas: Desconstruindo Narrativas Sociais sobre Racismo no Rio de Janeiro.
Uma história inspiradora é retratada neste minidocumentário. Gilbert Vilela, um jovem negro do Morro da Providência, a favela mais antiga do Brasil, vem utilizando a música como uma ferramenta potente de transformação, inclusão social e resgate de identidade. A sua jornada simboliza a quebra de paradigmas e a ocupação de um espaço historicamente elitizado: a música clássica. Membro da Camerata Jovem do Rio de Janeiro e da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, Gilbert viajou para outros estados e países pela primeira vez através da música, chegando até a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), na Suíça.
Ao acreditar que a música é uma prática de liberdade, o violinista transmite tudo que vivencia como morador de uma favela por meio de seu instrumento. Ele ainda compartilha com outras pessoas os conhecimentos que adquiriu ao longo dos últimos anos. Atualmente, ele atua como educador do projeto social Roda Viva e mostra para crianças e adolescentes do Complexo do Borel e adjacências como a música pode ajudar no desenvolvimento de cada um. Gilbert materializa o conceito de representatividade e, assim como tantos outros jovens que têm as suas histórias invisibilizadas, serve de inspiração para as pessoas negras e moradoras de favelas que querem ter o direito de sonhar.
Essa história não é contada apenas por Gilbert. A mãe do violinista, Maria Irene Belizário, e a avó, Dona Jura, principais responsáveis pela criação do jovem, também compartilham seus relatos, partindo sempre de olhares muito sensíveis. Além da família, Simone Carvalho, professora de música, abordou o contexto elitista em que a música clássica está inserida e falou sobre os conhecimentos populares que contribuíram e ainda contribuem para a formação desse gênero musical.
Assista o Minidoc Aqui.
Sobre a diretora e roteirista: Victória Henrique é repórter do Voz das Comunidades e cursa Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Colaborou com o Notícia Preta, um portal de jornalismo antirracista, e produziu e apresentou um programa de educação no YouTube da Mídia Ninja, além de ter sido colunista do veículo. Dentre os projetos que participou pela UFF, atuou como monitora de fotografia em um centro cultural no Morro da Providência.
Sobre o diretor de fotografia: Douglas Dobby é fotógrafo e cria do Morro da Providência. Fez curso de fotografia em 2012 na Spectaculu – Escola de Arte e Tecnologia. Atualmente, é coordenador de audiovisual da Casa Amarela, Centro Cultural na Providência, onde aprendeu fotografia com o fotógrafo Maurício Hora.
Esta matéria faz parte da série antirracista do RioOnWatch. Conheça o nosso projeto que trouxe conteúdos midiáticos semanais ao longo de 2021—Enraizando o Antirracismo nas Favelas: Desconstruindo Narrativas Sociais sobre Racismo no Rio de Janeiro.