Domingo, 30 de junho de 2013–Enquanto a seleção brasileira se preparava para a final da Copa das Confederações, o Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas organizava uma manifestação em massa contra as remoções forçadas de comunidades no Rio e a privatização do Maracanã. A manifestação começou pela manhã na Praça Saens Peña, localizada a 2 km do Estádio do Maracanã e terminou na Praça São Francisco Xavier. Apesar da forte presença policial a manifestação foi pacífica e festiva durante todo o seu percurso, conquistando o apoio de moradores do bairro da Tijuca. O protesto da manhã de domingo, semelhante à Copa Popular Contra as remoções do dia 15 de junho, proporcionou um contraponto simbólico para a Copa das Confederações.
Copa do Mundo para quem?
O Comitê Popular luta por uma Copa do Mundo mais inclusiva. A faixa anuncia os dois temas centrais para o protesto de domingo.
Resistência Comunitária
A ativista Jane Nascimento, da Vila Autódromo, estava entre as lideranças comunitárias cantando contra remoções. A Vila Autódromo tornou-se um símbolo de resistência entre comunidades em toda a cidade. Localizada ao lado do futuro Parque Olímpico, a comunidade, que se mantém intacta na proposta da candidatura do Rio para os Jogos Olímpicos que foi aprovada, tem no entanto, recebido inúmeras justificativas, a cada momento uma razão diferente, para a sua “necessária” remoção, na preparação para os Jogos. Os moradores continuam a resistir nas ruas, na justiça, através da mídia e de amplas redes de solidariedade.
Alto Astral
Todos se sentiam bem-vindos no protesto de domingo.
Maré, resiste!
Um ataque não sancionado pelo BOPE em 24 de junho no Complexo da Maré, várias vezes nomeado como próximo na fila para a implementação de uma UPP, deixou 10 mortos. A tragédia provocou indignação no Rio, incluindo um protesto com ampla participação na Avenida Brasil no dia 2 de julho.
Saci Pererê
Saci Pererê é o “Mascote do Povo” oficial da Copa Popular Contra as Remoções.
Violência Policial
Esta mensagem poderosa fala das realidades cotidianas enfrentadas pelos moradores das favelas do Rio de Janeiro. Agora que manifestantes também estão sendo vítimas da violência policial, tem havido uma mudança no sentido de reconhecer a natureza extrema deste tipo de violência, tanto nos protestos quanto nas favelas da cidade.
Protestando na Batida
Músicos altamente organizados davam o ritmo, a energia e a direção para a manifestação alto astral, e inspiração para os manifestantes cantar sem parar por toda parte, conduzindo momentos de silêncio e de euforia.